"Permite estar no vento, estar na moda": redes sociais, uma voz eficaz para os políticos?

Na terça-feira, 5 de agosto, o primeiro-ministro François Bayrou lançou um canal no YouTube e um podcast para, segundo ele, "falar ao vivo com o povo francês". Em seu primeiro vídeo, ele defende sua contestada proposta de orçamento para 2026. Trata-se de um desenvolvimento inevitável: o discurso político está tomando conta das plataformas.
Este texto é um trecho da transcrição da reportagem acima. Clique no vídeo para assisti-lo na íntegra.
Tarefa de férias, episódio 1, para o Primeiro-Ministro. No YouTube, François Bayrou, por 8 minutos, de frente para a câmera, apela à opinião pública. "Aceitaremos os esforços necessários para sair desta situação. Depende de cada um de vocês", garante o chefe de governo em seu primeiro discurso na plataforma, terça-feira, 5 de agosto.
Em meados de agosto, o método é suficiente para surpreender os franceses. "Parece-me estranho, eu não esperava isso dele, e mostra claramente que ele está tentando, eu acho, falar com os jovens, tentar encontrar uma maneira acessível de se dirigir aos franceses", analisa um transeunte. "Também pode ser uma maneira, durante os recessos políticos e parlamentares, de se reconectar com os cidadãos", acredita um jovem.
Ele anunciou oficialmente que não tirará férias. Com este vídeo, François Bayrou se prepara para o início do ano letivo e tenta estabelecer uma conexão direta com os franceses. Ele não é o primeiro a tentar isso. Jean-Luc Mélenchon foi o pioneiro no YouTube, ferramenta que o Presidente da República também usa regularmente. Marine Le Pen e Jordan Bardella preferem vídeos curtos no TikTok. Mas cuidado, aventurar-se nas redes sociais pode ser um território arriscado.
"Permite que você esteja no vento, esteja na moda. Agora, é muito perigoso porque é um formato específico, nem todo mundo é bom nisso. Um formato que seria muito falador, um pouco como este primeiro episódio do vídeo de François Bayrou, corre o risco de ser um fracasso", explica Émilie Zapalski, assessora de comunicação política. O primeiro-ministro planejou outros episódios para explicar seus desafios para o início do ano letivo.
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